18:32 O Sonho em ser Mãe para a Mulher Oriental | |
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Segundo pesquisas, cerca de 15% da população mundial tem dificuldade para engravidar. Existem muitas causas de infertilidade e, praticamente, todas são tratáveis. Porém, de todos os diagnósticos conhecidos, o mais difícil de ser aceito pela mulher é o da ausência de óvulos capazes de serem fertilizados, isto é, o ovário não fabrica mais óvulos capazes de gerar filhos. Pode acontecer com mulheres jovens com falência ovariana prematura (menopausa precoce), em casos de cirurgias onde foram retirados os ovários, em mulheres de idade avançada quando os óvulos não formam embriões de boa qualidade ou na própria menopausa. Nestes casos, a gravidez só acontecerá com a técnica de fertilização "in vitro" (FIV) e com óvulos doados. No entanto, estas células são raras e para isso é necessário a generosidade de mulheres sensíveis a este problema que estejam dispostas a ajudar doando os óvulos excedentes que não forem utilizados no seu tratamento. Neste ponto começam as dificuldades para as mulheres japonesas, pois, por motivos culturais há uma grande dificuldade em encontrar doadoras de mesma origem. Dr. Arnaldo Schizzi Cambiaghi, especialista em medicina reprodutiva e diretor do IPGO (Instituto Paulista de Gravidez e Obstetrícia) enfatiza: "Precisamos sensibilizar a colônia oriental no Brasil a participar de programas de ovodoação ajudando assim mulheres que tem o sonho de engravidar, mas que ainda não conseguiram por falta de doadoras”. Além disso, ele alerta que a doação de óvulos não pode ter caráter lucrativo ou comercial e as doadoras não devem conhecer a identidade das receptoras e vice-versa. O médico explica o que é necessário para ser uma doadora: "Geralmente elas precisam ter menos de 35 anos, serem saudáveis, sem antecedentes familiares, genéticos ou pessoais de doenças, e com características físicas (altura, peso, cor do cabelo, olhos, tipagem sanguínea) semelhantes às da pessoa que vai receber o embrião". Assim, estas mulheres, principalmente japonesas, poderão ter seus filhos. Tanto as que recebem os óvulos como as que doam. O programa de ovodoação, na opinião de Dr. Arnaldo, beneficia dois casais simultaneamente: aquele cuja mulher não tem óvulos viáveis para engravidar e o outro que poderá doar, já que este é um processo em que duas FIV são realizadas consecutivamente. Evitando-se, assim, despesas desnecessárias com o congelamento de óvulos. É importante sempre lembrar que o tratamento envolve questões éticas, portanto é indicado o acompanhamento médico e psicológico. Mulheres que possuem os requisitos para serem doadoras são informadas antes do início do tratamento sobre a possibilidade de doar óvulos. Interessadas no Programa de Ovodoação podem entrar em contato com o IPGO (Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia) pelo telefone (11) 3885-4333. Outras informações estão no site ou via e-mail: | |
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