A designer paulista Isabella Blanco, da Retrô Jóias, está lançando uma coleção de peças com camafeus seguindo sua filosofia de sempre oferecer jóias com história.
São brincos, gargantilhas, pulseiras, anéis e sautoirs (colares longos, típicos dos anos 1920), montados com ouro 18k, diamantes, esmeraldas, safiras, topázios, pérolas e camafeus trazidos pela designer da Inglaterra, Itália e Estados Unidos, cobrindo um período de 1850 a 1950.
Como resultado final, peças artesanais e impossíveis de serem reproduzidas em série, já que Isabella garimpa itens antigos e de época em antiquários, leilões e feiras de antiguidades para depois transformá-los em jóias ao estilo contemporâneo.
Camafeus: arte milenar
Uma técnica desenvolvida pelos egípcios, o camafeu traz geralmente um perfil feminino ou masculino entalhado em concha, coral, ônix, abalone, ágata, jet, âmbar, lava de vulcão e baquelite, entre outros materiais. Napoleão Bonaparte foi um dos responsáveis pela popularização dos camafeus no século XIX, depois de promover escavações arqueológicas e despertar o interesse em arte antiga. Após presentear sua Josephine com um conjunto de colar, brincos, pulseira e diadema com camafeus antigos, instantaneamente esse tipo de jóia tornou-se objeto de desejo.
Camafeus também brilharam em todo período vitoriano, principalmente após a morte do Príncipe Albert, quando a rainha Victoria decretou luto em toda Grã-Bretanha e passou a utilizar as "mourning jewelry” (jóias de luto), feitas com jet (resina vegetal), vulcanite e guta percha, materiais detonalidade negra.Nos anos 1920 voltaram à moda os de concha e coral e, depois, nas décadas de 1940/1950, eram feitos com baquelite e outras resinas plásticas.