Jornais, revistas, fotos, vídeo e ilustrações contam as
trajetórias e influências da imprensa imigrante em São Paulo
O Memorial do Imigrante, instituição ligada à Secretaria de
Estado da Cultura de São Paulo, prorrogou a exposição "A Imprensa Imigrante em São Paulo”. O público
terá a oportunidade de conferir até o dia 24/01/2010 como eram produzidos os
periódicos do século XIX e a trajetória de diversos jornais e revistas que
tiveram e ainda possuem influências políticas, sociais e culturais sobre a
sociedade paulista. A curadoria é do historiador e jornalista Marcelo Cintra.
A mostra conta com mais de 50 exemplares de jornais e revistas dos séculos XIX,
XX e XXI, além de equipamentos originais utilizados para a confecção dos
impressos. Entre eles, as máquinas de escrever, prensas, máquinas de impressão,
pautadeira, linotipo e clichês utilizados na redação do Jornal "Fanfulla”,
fundado pelo jornalista Vitaliano Rotellini em 1893.
Entre os impressos originais, reproduções e fotografias, estão o italiano
Fanfulla (1893), o português - Portugal Democrático (1956), o alemão - Deutsche
Zeitung (1897), o espanhol- El Diário Español (1912), a revista tcheca -
Slovan (1915), o primeiro jornal japonês - Shukan Nambei (1916) , o árabe - Al
Afkar (1903) e o lituânio- Musu Lietuva (1948). A exposição também exibe
ilustrações e caricaturas retratadas pelo desenhista, caricaturista e jornalista
português Rafael Bordalo Pinheiro no jornal "O Mosquito” (1875) um dos
primeiros pasquins do país.
Sobre o Memorial do Imigrante
O Memorial do Imigrante, membro fundador da Rede
Internacional de Museus de Migração da UNESCO e IOM (International Organization
for Migration), é responsável pela preservação, estudo e divulgação de
importante acervo histórico referente à imigração no Estado de São Paulo nos
últimos 120 anos. O Memorial está sediado no local em que a história por ele
preservada também ali foi construída: a Hospedaria de Imigrantes. Localizada entre
os tradicionais bairros do Brás e Mooca em um complexo de prédios que eram
destinados a abrigar os recém–chegados de diversos países nos seus primeiros
dias em São Paulo.
Viver a memória de uma notícia é viver um mundo que
pode mudar para melhor, o seu, o meu e o nosso. Fazerem nossas histórias se
entrelaçarem entre todas.