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02/03/10, 17:00 | |||||||||||||||||||||||||
Em uma sociedade contemporânea em que a mulher exerce diversos papéis, seja como profissional, administradora do lar, estudante, solteira, esposa ou mãe, as influências comportamentais e a moda feminina que marcaram as décadas anteriores são visíveis no dia a dia. Com um ritmo de vida dinâmico, a mulher atual, a exemplo de alguns ícones femininos do passado, vive em constante busca por independência. Neste contexto, o surgimento da pílula anticoncepcional, no início da década de 60, permitiu que a mulher passasse a controlar sua fertilidade, conquistasse liberdade sexual com segurança e praticidade e, mais recentemente, aliasse a contracepção a outros benefícios propiciados pela pílula. O atual índice elevado de utilização da pílula
anticoncepcional contrasta com o período de seu lançamento, ocorrido quando o
cenário mundial pregava uma conduta moral de castidade feminina - na época o
método era receitado apenas para as mulheres casadas e com autorização dos
maridos. A primeira pílula, lançada nos Estados Unidos, possuía formulação com
altas doses de hormônio, que gerava alguns efeitos colaterais, e assim não
conquistou as usuárias. Em No auge dos anos 70, surge a chamada segunda geração de pílulas, com redução significativa da quantidade de hormônios usados nas primeiras versões. No final dos anos 90 é inaugurada a terceira geração da pílula anticoncepcional, com formulações de baixas doses e princípios ativos mais modernos que proporcionam outros benefícios além da contracepção. Paralelo ao surgimento da pílula, as mulheres iniciaram uma
revolução silenciosa e discreta. A taxa de fecundidade brasileira decresce da
média nacional de 6,3 filhos em 1960 para 5,8 filhos em 1970, chegando ao
patamar de 2,3 filhos em "Com a opção de controlar a fertilidade, a mulher pode escolher o momento ideal para ingressar no mercado de trabalho em busca de sua independência financeira ou ampliação dos bens de consumo de toda a família”, afirma Flavio Gikovate, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor. A expansão do ensino nas décadas de 60 e 70 permitiu que as mulheres aumentassem sua escolaridade e, com isso, passassem a pensar no desenvolvimento de uma carreira. "A pílula anticoncepcional surgiu em um momento já favorável para o início da ‘revolução de costumes’, período em que a sexualidade humana ganhou importância própria, desvinculando-a da necessidade de reprodução e permitindo que as mulheres pensassem em relações sexuais sem o pavor da gestação”, ressalta Gikovate. De acordo com os indicadores da Fundação Carlos Chagas, a participação da mulher no mercado de trabalho ou procurando emprego em 1976 era de 28,8%. Já em 2007, este índice representou um total de 43,6%. Em 2009, dados atualizados do IBGE revelam que o trabalho feminino já corresponde a 45,1% da população empregada no País. Observe como a evolução feminina no mercado de trabalho impactou os índices de fecundidade nas últimas décadas:
* População recenseada no Brasil e taxa de fecundidade brasileira – dados do IBGE * População economicamente ativa feminina – dados da Fundação Carlos Chagas Fontes: Instituto Guttmacher – Facts on Induced Abortions Worldwide – Oct. 2008 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Taxas de fecundidade Brasil e grandes regiões 1940-2000 Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/08052002fecundidade.shtm Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Estudo especial sobre a mulher Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1099&id_pagina=1 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – População recenseada no Brasil Disponível em: http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/pesquisas/demograficas.html Fundação Carlos Chagas – Mulheres brasileiras, educação e trabalho Disponível em: http://www.fcc.org.br/mulher/series_historicas/mbet.html Fonte Burson-Marsteller | |||||||||||||||||||||||||
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