A General Motors do Brasil atingiu um objetivo de extrema
importância na área de meio ambiente. Ou seja, a empresa já recicla 97% dos
resíduos industriais gerados a partir de seus processos produtivos no país e
trabalha fortemente para alcançar a marca de 100%. Atualmente, todas as
unidades da GM no Brasil geram cerca de 163.000 toneladas de resíduos por
ano.
"Há mais de 20 anos, quando não se falava no assunto,
a GM já iniciava processos para reciclagem de resíduos industriais em suas fábricas.
Hoje, existem 45 operações no mundo que já conseguem reciclar 100% do
resíduo, entre elas a GM Powertrain, em Rosario, Argentina, na região do
Mercosul", comemora Jaime Ardila, presidente da GM do Brasil e Mercosul.
A receita deste sucesso na área de meio ambiente deve-se,
sobretudo, a um importante trabalho de conscientização junto aos funcionários
dentro das unidades. Ou seja, transformar a reciclagem como uma cultura de
quem trabalha na empresa. Mas também há uma série de adaptações realizadas
nesses locais, para a correta e eficiente coleta do resíduo para reciclagem.
"Ecopontos" auxiliam na classificação dos
resíduos
A unidade de Gravataí (RS), onde hoje são produzidos os
modelos Chevrolet Celta e Prisma, possui um sistema padronizado de coleta de
resíduos industriais, por meio de "Ecopontos" - 16 no total.
"Há dois anos adotamos esse processo, que está sendo implementado em
outras unidades", observa Cláudio Eboli, diretor da GM na área de WFG
(Worldwide Facilities Group) - ou Grupo Global de Instalações - na América do
Sul.
Segundo ele, os "Ecopontos" são locais de coleta
que possibilitam a melhoria da separação dos resíduos reciclados dos
não-reciclados. Neles, é feita a triagem antes de serem enviados ao destino
final.
Nos "Ecopontos", os resíduos são avaliados
seguindo alguns parâmetros e separados em contêineres divididos por cores, da
seguinte forma: lixo comum (marrom), papel branco e papelão (azul), plásticos
(vermelho), sucata metálica (amarelo) e sucata de madeira (preto). Eles também
são observados se estão ensacados e dispostos nos respectivos contêineres
corretamente.
"Com a implantação dos "Ecopontos", tivemos
um aumento de 15% na quantidade de resíduos reciclados. Isso representou 128
toneladas de resíduos que deixaram de ser enviados aos aterros
sanitários", acrescenta Cláudio Eboli, referindo-se aos números de 2008.
Materiais descartados são matéria-prima para componentes
dos veículos
Nas fábricas da GM, quase tudo vai para reciclagem. Desde
recipientes plásticos, isopor, papel, lubrificantes, peças metálicas, madeira
e borra de tinta. Alguns desses materiais são transformados em peças que são
reaproveitadas no processo de produção dos veículos.
Por exemplo: cerca de 8% dos parachoques dos veículos
produzidos nas fábricas de São Caetano do Sul e São José dos Campos, ambas no
Estado de São Paulo, possuem plásticos reciclados em sua composição. Já dos
pneus são extraídas algumas matérias-primas, tais como tecido emborrachado,
granulado de borracha, aço e massa de borracha, que servem como insumo para
diversos produtos.
"Fizemos e vamos continuar fazendo um intenso
trabalho junto aos nossos fornecedores mostrando a importância do
reaproveitamento de materiais. Eles são auditados e avaliados, conforme a
legislação vigente no país e também os nossos procedimentos internos da GM,
que são bastante exigentes", informa o executivo.
Segundo ele, também existe um trabalho nas unidades da GM
para a coleta especial de resíduos que contêm metais pesados extremamente
nocivos ao Meio Ambiente, tais como baterias automotivas, de telefones
celulares e de lap-tops. Eles são encaminhados de volta ao fabricante ou para
centros especializados de tratamento e reciclagem.
Já os resíduos de restaurantes são encaminhados para
processos de compostagem orgânica, que gera como produto adubo natural usado
nos jardins das fábricas.
Profissionais da área fazem o gerenciamento dos processos
de reciclagem
Todo o processo de reciclagem de resíduos nas unidades da
General Motors é cuidadosamente gerenciado por profissionais especializados
na área, responsáveis pela elaborações de relatórios e auditorias. São pelo
menos dois engenheiros ambientais, em cada fábrica, que fazem o
acompanhamento de todo o processo.
Existe ainda um trabalho de pesquisa, dentro da Engenharia
da GM, para optar sempre que possível por materiais recicláveis na produção
de veículos, tais como espumas que, embora sejam sintéticas, possam ser
reaproveitadas na confecção de bancos e peças anti-ruídos.
A preocupação e respeito ao meio ambiente é uma diretriz
adotada definitivamente na GM em todas suas unidades no mundo. Para se ter
uma idéia, existe um comitê da área que, todos os meses, avalia as
subsidiárias quanto ao cumprimento dos planos de meio ambiente conforme as
normas internas.
"Nosso objetivo não é só atender à legislação. A
questão da reciclagem, por exemplo, é uma política da GM, onde seguimos
normas muitas vezes até mais rígidas do que as oficiais", saliente
Cláudio Eboli.
Tempo de decomposição de alguns materiais que prejudicam o
Meio Ambiente
Veja exemplos do tempo de decomposição de alguns materiais
recicláveis que muitas vezes são descartados no Meio Ambiente:
Lata de alumínio - 200 a 500 anos
Garrafa de vidro - indeterminado
Papel - 2 a
4 semanas
Meias de lã - 1 ano
Chicletes - 5 anos
Lata de conservas - 100 anos
Tecidos de algodão - 1 a 5 meses
Madeira pintada - 13 anos
Pneus - indeterminado
Plástico - 450 anos
Corda - 3 a
4 meses
Sistema de compostagem da GM beneficia meio ambiente
Na área de compostagem a GM também comemora mais um marco
em sua história, desta vez, colaborando com a preservação do meio ambiente.
Graças à utilização do processo de compostagem em suas fábricas, a empresa
evitou, desde 2004, que cerca de 2.000 toneladas de lixo orgânico fossem jogadas
nos aterros sanitários das cidades onde localizam suas unidades industriais,
número que chegou próximo a 2.400 toneladas no final do ano passado. Por ano,
são 400 toneladas de resíduos transformadas em adubo natural.
Este processo de compostagem já existe há cinco anos no
Campo de Provas da Cruz Alta, em Indaiatuba (SP) e há quatro na unidade
industrial de Gravataí (RS), onde são produzidos os automóveis Chevrolet
Celta e Prisma. Ele também funciona há cerca de dois anos no Centro de
Distribuição de Peças da GM em Sorocaba (SP), o mesmo período na fábrica de
Rosário, na Argentina.
Para se ter uma idéia do impacto positivo da compostagem
na GM na Natureza, o volume de resíduos que não são enviados aos lixões desde
2004 equivale ao peso de, em média, 2.325 Chevrolet Celta (que pesa 860
quilos).
Responsabilidades do WFG da GM englobam quatro áreas
Na GM do Brasil o WFG (Worldwide Facilities Group da GM),
sigla de Grupo Global de Instalações é a área responsável pelo
desenvolvimento de projetos, instalações, montagens e manutenção dos prédios
de todas as fábricas localizadas na região da América do Sul.
No Brasil, o WFG atua em cinco unidades: São José dos
Campos (SP), São Caetano do Sul (SP), Mogi das Cruzes (SP), Sorocaba (SP) e
Gravataí (RS). As outras ficam em Rosario (Argentina), Quito (Equador),
Bogotá (Colômbia), Valencia e Mariara (Venezuela).
O WFG tem responsabilidades em quatro grandes áreas das
unidades industriais: construções e instalações, manutenção, ambiental e
geração de energia.
Na área de construções e instalações, o WFG cuida de
planejamento, engenharia e gerenciamento de projetos de construções,
infra-estrutura e instalações para os equipamentos.
Ele dá suporte técnico para todas as unidades da região em
projetos de construções e instalações, e presta serviços de assessoria
técnica para adequação das construções e instalações com normas, leis,
regulamentações técnicas e portarias governamentais vigentes.
Na área ambiental, o WFG é responsável pelo suporte
ambiental operacional, visando o cumprimento legal corporativo; pelas
licenças, relatórios e tecnologias ambientais; prevenção da poluição,
gerenciamento de resíduos, descomissionamento (processo de desativação de
algum processo), remediação (descontaminação do Meio Ambiente), higiene
industrial e gerenciamento químico.
A manutenção de prédios, limpeza, planejamento e
gerenciamento de escritórios, serviços administrativos, além de gerenciamento
e manutenção de equipamentos móveis também estão na área de responsabilidade
do WFG.
Na área de geração de energia, o grupo gerencia a energia
elétrica, gás e água das fábricas, planejamento estratégico, operações e
gerenciamento de negócios.
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